Diria que toda comunicação é uma busca por presentificar algo ou alguém. De certa forma, só há comunicação entre semelhantes, com potencialidades semelhantes. É difícil falar em comunicação entre um emissor “todo poderoso” e um receptor frágil ou onde predomina o monólogo.
“Comunicar-se”, eis um impulso natural de todas as espécies. Mas ao homem foi dada a capacidade de evoluir e aprimorar sua maneira de se comunicar, extrapolando suas faculdades corporais e de sentido, criando e recriando meios de potencializar suas formas de manifestação ao outro. Extrapolou suas limitações de criança, de casa, rua, comunidade, cultura... no entanto, surge o desafio. Como manter o homem como sujeito da a comunicação? De que forma usar os últimos avanços tecnológicos sem desrespeitar a herança de um passado riquíssimo? De que forma garantir que os recursos tecnológicos sejam um meio de construção/interação e não de opressão?
Na atualidade, recebemos uma avalanche de informações de diferentes lugares e meios. Sabemos que esses meios de comunicação devem ser introduzidos no espaço educativo afim de possibilitar aos educandos a reorganização da informação para a formação autônoma do sujeito.
Para que isso ocorra, os nossos projetos educacionais devem ser espaço de introdução e utilização crítica das mídias e de seus conteúdos, onde as pessoas “comuns” encontrem espaço para manifestar suas idéias, seus símbolos e sua força transformadora, onde a comunicação aconteça entre “Semelhantes”. Assim sendo, entram em cena os ambientes interativos de aprendizagem, que possibilitam a autoria, desconstrução/construção do conhecimento.